quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

SOBRE O BOATO DO NOVO SIGNO DO ZODÍACO

Olá, 
Passo a transcrever abaixo a carta de Carlos Hollanda, astrólogo e professor de história, publicada no seu blog astro-síntese, cujo link vem abaixo da ilustração.




Nesta última semana, seis pessoas me enviaram e-mails perguntando sobre a mais nova notícia sensacionalista - e acrescento: falsa - que vem correndo na mídia sobre a suposta "descoberta" de um novo signo, entre Escorpião e Sagitário. Como essas seis, várias outras pessoas podem estar com a mesma dúvida e assim como respondi às primeiras com algumas explicações com base histórica, aqui faço o mesmo com o acréscimo de outros dados. Infelizmente isso que podemos tranquilamente chamar de boataria e sensacionalismo barato nos dá certo trabalho de esclarecimento. É uma perda de tempo por um lado, rebatendo inverdades a respeito da prática e das concepções astrológicas, mas por outro é uma oportunidade de ressurgirmos no mainstream das mídias. O grande problema aqui é que esse esclarecimento já havia sido feito há mais de 15 anos, como veremos adiante, sobre A MESMA QUESTÃO. Repetir a dose dessas informações sem qualquer fundamento é um verdadeiro deboche para com o público telespectador e leitor.
Prezados, essa história do décimo terceiro signo, creiam, é mais velha que a bisavó do Ptolomeu. Inventaram agora que um astrônomo estadunidense, Parke Kunkle,"descobriu recentemente" o Esculápio ou Ophiuco (Serpentário), que é uma constelação cuja extensão ocorre bem próxima da eclítica, o caminho aparente do Sol, que corresponde à faixa do Zodíaco. Acontece que Kunkle não pode ter descoberto isso agora porque isso já se sabe há muito tempo. Já afirmei acima: essa falsa polêmica há mais ou menos uns 15 ou 16 anos já tinha sido propagada em jornais, revistas e TV's. Aqui no Brasil, entre outros programas, a questão fora vista até mesmo numa audiência como a do Fantástico ou do Globo Repórter.
Uma baboseira que não considera que o zodíaco utilizado pelos astrólogos ocidentais é o zodíaco tropical, o que é concebido segundo as estações do ano em conformidade com o hemisfério norte, onde esse simbolismo se originou. O zodíaco tropical difere grandemente do zodíaco sideral, o das constelações, sendo que um e outro só coincidiram em parte cerca de dois mil anos antes da era comum e mesmo assim, como disse, não totalmente: o tamanho das constelações e dos signos nunca foram os mesmos, nunca houve uma equiparação total entre uma coisa e outra desde as primeiras concepções do zodíaco astrológico, excetuando-se os nomes das constelações que entre outros atributos, tinham algumas estrelas que serviam de referência para a mudança das estações e seu decorrer.
O zodíaco tropical é construído matemática e arbitrariamente de forma a ajustar-se a calendários como os caldaicos, sumerianos e egípcios, com seus 360 dias e 5 dias que miticamente se atribuíam ao influxo dos deuses no mundo criado (veja bibliografia ao final).
Esses 360 dias são divididos por 12 em função de alguns princípios fundamentais, entre eles:
a) o ingresso de uma estação do ano, seu ponto culminante e sua transição para a estação seguinte, o que caracteriza uma divisão da estação em três períodos. São 4 estações, cada uma possuindo 3 períodos de um mês, resultando em 12 períodos de tempo divididos igualmente.
A origem dessa divisão equânime obedece a uma concepção de universo e meio ambiente que parte dos sumerianos e de outros povos a eles próximos no tempo, cujas sociedades desenvolveram-se até atingir as chamadas "cidades-estado-hieráticas". Estas sociedades não apenas herdaram do paleo e do neolítico muitas práticas de sobrevivência e convivência, como sistematizaram e deram complexidade às concepções do sagrado. Assim, o universo é concebido por esses povos como uma espécie de manifestação da ordem divina sobre o caos, um elemento de inteligibilidade que permite, isomorficamente (por analogia), organizar a vida concreta abaixo do céu.
b) o próprio processo de formação desse zodíaco das estações do ano, que entre os sumérios obedece ao sistema sexagesimal por eles desenvolvido para calcular a passagem do tempo e, de certa forma, comungar com os deuses naquele período das primeiras produções escritas em cuneiforme. O dia de 24 horas é um múltiplo de 6 (6 X 4), enquanto a hora, com 60 minutos e tudo o que dali decorre pertence a essa concepção. A divisão por 12 do zodíaco provém dali, com seis eixos interdependentes marcados pelos signos e suas polaridades. Os gregos sistematizaram ainda mais o sistema de divisão do céu cujos princípios herdaram daquelas primeiras visões. Nota-se claramente uma contribuição do pensamento pitagórico na geometria e na divisão exata de 30 graus para cada signo, encaixando-os numa perfeita circunferência, que no final é uma forma de representação do infinito e de muitas considerações acerca de uma consciência divina.
Desse modo, a inclusão de um novo signo não possui a menor pertinência para esse modelo, que perderia todo e qualquer sentido na relação do ser humano e seu ambiente com o universo percebido. Mas é precisamente isso o que tal tipo de falsa descoberta quer incutir na mentalidade do leitor.
Ora, a constelação do Esculápio, também conhecida como Ophiuco (o serpentário), já era conhecida dos astrólogos-astrônomos há milênios. Claudio Ptolomeu, que viveu no século II da era comum, e cujas obras, como o Tetrabiblos e o Almagesto, nortearam a astronomia até Copérnico, obviamente conhecia essa constelação, tanto que a incluiu, e às estrelas que a formam, em suas obras. Entretanto ele mantém a divisão hierática do céu zodiacal, mantendo Ophiuco junto às constelações não-zodiacais, até porque de fato apesar da proximidade e de uma parcela dessa constelação chegar a tocar a eclítica, grande parte dela está fora do "caminho do sol".
Sendo assim, as reportagens e o astrônomo que diz ter "descoberto" essa suposta "falha" no sistema astrológico estão completamente equivocados quanto ao próprio sistema astrológico e seu processo formador, sua lógica interna, sua linguagem, entre tantas outras características próprias da astrologia. Ao se tomarem por precisos e rigorosos com o modelo científico, estão, ao contrário, sendo totalmente a-científicos ao julgarem de antemão um tema que parecem desconhecer por completo.
Enfim, é como um geógrafo dizer para um médico que se ele não usar os conceitos geográficos sobre clima para curar um paciente epilético, jamais terá sucesso. Em outras palavras, não tem nada a ver.
Alguns astrônomos (não todos) parecem também querer assumir uma postura de deuses com tudo isso. Suas palavras seriam leis no sentido cósmico, que alteram processos conhecidos e fazem "deixar de funcionar" aquilo que decretam.
Dúvidas muito semelhantes foram difundidas com a alteração da classificação de Plutão. Teve gente que achava que tinha que retirar tudo o que fora dito pelo astrólogo a respeito de Plutão porque os astrônomos decidiram que ele não era mais planeta. Com a retomada dessa velha e, repito, falsa polêmica, é mais ou menos a mesma coisa: os sujeitos só querem desacreditar astrólogos e tudo o mais, confundindo as estações. Nossa... que poder divino tem esse astrônomo...! Se for assim mesmo ele deveria candidatar-se a fundar uma nova religião, já que deve ser Deus ou algo parecido...
Em tempo, hoje também li, no blog "Devir", do astrólogo Alexey Dodsworth, uma indignação semelhante, talvez ainda pior, já que seu esclarecimento feito para a revista "Veja" foi podado de modo gritante. Dodsworth postou uma mensagem a respeito, apresentando, inclusive, a imagem da capa da "Revista da Folha", do jornal "Folha de São Paulo", de 16 anos atrás, com, pasmem, a mesma manchete! Como disse antes: como fedem os tons amarronzados do sensacionalismo!
http://devir.wordpress.com/
Seguem, abaixo, duas referências bibliográficas interessantes a respeito e de bem fácil aquisição:
CAMPBELL, Joseph. As máscaras de Deus v. 2 e 3. São Paulo: Palas Athena, 2010.
STUCKRAD, Kocku von. História da astrologia: da Antiguidade aos nossos dias. São Paulo: Globo, 2007
Atenciosamente,
Carlos Hollanda
Observação: O link para o blog devir não consta da carta original, mas eu resolvi incluí-lo, já que ele é citado na mesma. Também acrescento a seguir o link para a ilustração usada nesta postagem.
http://www.lcsd.gov.hk/CE/Museum/Space/EducationResource/Universe/framed_e/lecture/ch03/imgs/zodiac.jpg

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Em Defesa da Vida e da Amazônia

Todos nós estamos acompanhando as devastações que as chuvas têm causado em várias cidades brasileiras. E mais uma vez assistimos a velhas reprises que são as explicações dadas pelas autoridades federais, estaduais e municipais para as catástrofes há muito anunciadas.
Falta de planejamento, uso indiscriminado do solo e, sobretudo, desrespeito à natureza e à vida humana, em nome do “desenvolvimento” a qualquer preço, são as causas dessas tragédias. 
Por isso, insiro a seguir o link para o artigo "Não é a chuva que deve ir para a cadeia", de Marcos de Sá Corrêa, publicado no site "O eco".
 http://www.oeco.com.br/todos-os-colunistas/34-marcos-sa-correa
Complexo Hidrelétrico de Belo Monte: Um Crime Ecológico 
Há forte pressão, por parte de grupos econômicos poderosos, para a rápida obtenção de licença ambiental, que lhes permitirá construir o Complexo Hidrelétrico de Belo Monte.
Isto já provocou os pedidos de demissão não só de Marina Silva, do Ministério do Meio Ambiente, mas também de dois presidentes do IBAMA, sendo que o último ocorreu em 13/01/2011, devido à interferência do ministro Edison Lobão, de Minas e Energia. Ele representa os interesses das grandes usinas e já começou a cobrar urgência na liberação da licença ambiental.  
Cabe, pois à presidente Dilma Roussef, posicionar-se claramente em relação a esta questão. No passado ela teve atritos com a ex-ministra Marina Silva, por apoiar junto com Lula, a construção de Belo Monte. Posteriormente assinou um compromisso de preservação ambiental, até porque ela se viu surpreendida pela candidatura da ex-ministra e também constatou o prestígio da mesma no âmbito internacional.
 Mas cabe também a você e eu nos conscientizarmos de nossas responsabilidades sociais, apoiando movimentos voltados para a preservação ambiental e, sobretudo, projetos de obtenção de energia, como o eólico, por exemplo, que é ecologicamente correto.
Deixo para você dois links sobre este tema.
 O 1º é para a matéria de Washington Novaes, publicada em 24/12 no jornal “O Estado de São Paulo”, na qual ele indaga e discute que tipo de matriz energética o Brasil deverá eleger nesta segunda década do novo milênio.
O 2º é para o abaixo-assinado encabeçado pela ong Avaaz a ser apresentado à presidente Dilma Roussef ainda neste mês.
Encerro desta vez, não com vídeos musicais, mas com dois vídeos, com a narração de Dira Paes, sobre o impacto do Complexo Belo Monte nos Rios da Amazônia.
http://www.youtube.com/watch?v=4k0X1bHjf3E
Rosa Maria Pacini - Consultoria Astrológica e Terapêutica Holística

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Os Benefícios das Terapias Complementares

Estou postando aqui o link para uma matéria publicada no UOL, com o título "Diagnósticos pouco promissores estimulam a criação de terapias corporais".
Ela estabelece a relação de causalidade entre a visão compartimentada da medicina ocidental convencional - baseada, sobretudo, na doença, nos sintomas e nas alopatias específicas aos mesmos -, e a criação de terapias "alternativas" desenvolvidas a partir do enfoque na saúde, portanto na capacidade auto-regenerativa do corpo humano. 
Tais terapias propõem técnicas que visam ao resgate do equilíbrio entre os corpos de energia física, mental, emocional e espiritual, daí serem consideradas holísticas. Esta denominação deriva do radical grego "holos", que significa o todo/ a totalidade.
 Embora as Faculdades de Medicina ainda adotem, em sua grande maioria, uma grade curricular com ênfase na especialização, ou seja, na compartimentação do organismo, já há a abertura de algumas delas para a inclusão de abordagens terapêuticas mais inclusivas em cursos de pós-graduação e na montagem de equipes multidisciplinares em seus hospitais-escolas.
Chamo sua atenção para uma das primeiras postagens que eu coloquei neste blog com o título: “Saúde, uma questão de opção”, cujo link segue abaixo.  
Neste artigo eu proponho uma reflexão sobre a percepção de si mesmo (a) como um ser íntegro, ou seja, inteiro, que é sempre co-autor tanto nos processos de doenças quanto nos de cura.  
Também recomendo a leitura das demais matérias sobre Saúde e Qualidade de vida neste blog. 
Encerro com um link para o vídeo bem humorado da música “ No Stress”, com Laurent Wolf 
 http://www.youtube.com/watch?v=bVRnMrl2oj8 


Rosa Maria Pacini - Consultoria Astrológica e Terapêutica Holística

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Saiba qual a melhor época para adquirir seus alimentos

Aproveitando as boas intenções que costumam emergir no início de um novo ano - dentre as quais inclui-se  a da adoção de novos hábitos alimentares, visando favorecer a saúde através de uma nutrição de qualidade -, estou postando um link que considero bastante útil.
Trata-se de uma tabela sobre os períodos mais apropriados para você adquirir produtos alimentícios frescos e saudáveis. 
Embora atualmente seja possível encontrar frutas, legumes, verduras, pescados, etc. o ano todo, os alimentos continuam tendo o seu próprio ritmo biológico. E, seguindo a sua própria natureza evolutiva, tornam-se melhores e mais fartos em determinadas épocas do ano.
Orientar-se por esta tabela será duplamente benéfico, pois além de os alimentos estarem mais frescos e apetitosos, também estarão mais baratos nas épocas indicadas.  
Sinceramente eu gostei muito de encontrar esta informação, fornecida pela CEAGESP e publicada no site do Ig. Espero que você também a considere útil. 
Você poderá encontrar a informação que procura de três modos diferentes: 
1.      Digitando o nome do alimento a ser pesquisado.
2.      Clicando em determinado mês do ano.
3.      Clicando na categoria na qual se insere o alimento desejado.
http://comida.ig.com.br/comidas/produtos+da+estacao/n1237744466690.html
Encerro com o link para o vídeo com cenas do saboroso filme "Julia & Julie", com Meryl Streep, Stanley Tucci e outros.
http://www.youtube.com/watch?v=fcChJ4fM4s0

Rosa Maria Pacini - Consultoria Astrológica e Terapêutica Holística