Este post recebeu o título de um dos poemas de minha irmã, Maria Elisa Pacini Ibyapina, falecida no ano passado. Ele integra a antologia "O Melhor da Poesia Brasileira 1997-2007", da Real Academia de Letras - projeto Ordem da Confraria dos Poetas.
É com a devida autorização de minha cara sobrinha, Sandra Ibyapina, que eu o posto aqui. Seu tema refere-se às emoções flutuantes que o ser humano experimenta durante a sua dinâmica existencial, portanto ele trata da instabilidade de nossa própria natureza.
Oscilações
Divago nas vagas
De minha mente
Entro em sintonia...
Encontro o Eu
Que por hora sou eu
Caio na depressiva
E entro em desarmonia
São os altos e baixos
Que as ondas trazem
Torno a subir
Me restabeleço
É sempre um recomeço
Nada é bom
Nada é ruim
Somos assim
Será sempre
O princípio
E o fim
Vivemos nestas
Senóides
Que nos torna
Debilóides
Somos oscilatórios
Numa frequência
Sem fim